Walpurgisnacht
Walpurgisnacht (também chamado de Sumarmál) é comemorado como o tempo que Odin se pendurou na Árvore do Mundo, Yggdrasil, por 9 dias e 9 noites, e descobriu a sabedoria das Runas. Essa conquista é um verdadeiro legado, pois representa o triunfo do Pai de Todos em sua jornada para buscar conhecimento e compreender os mistérios da existência, dos 9 mundos, de tudo.
Essa vitória vai além, uma vez que o triunfo de Odin (líder dos Aesir) representa também o triunfo das forças divinas para compreender o cosmos. As Divindades nórdicas representam o conceito de “innangard” (“dentro do recinto” em tradução literal, ou seja, tudo o que é ordenado, civilizado e cumpridor da lei), enquanto que os Jotuns (Gigantes) representam o conceito de “utangard” (“além do recinto” em tradução literal, sendo tudo que é caótico e anárquico).
Esse conceito ordenado presente nas forças divinas é importante, pois muitas divindades estão ligadas a aspectos como fertilidade e colheitas. Por isso, Walpurgisnacht (Sumarmál) é o princípio do verão. Colheitas e fertilidade virão. Lembrar desse fato é importante, pois a humanidade depende daquilo que a terra oferece.
Portanto, neste Walpurgisnacht, sinta a importância do momento, converse com sua(s) Divindade(s) mais próxima(s). Se preciso, peça auxílio, peça força para continuar em sua jornada. As Divindades são acessíveis, aja com sinceridade.
Todo esse legado de compreensão dos mistérios do cosmos está disponível para ser acessado por nós por meio das runas. Segredos podem ser revelados em forma de sussurros. Nesse sentido, as Nornas Urd, Verdandi e Skuld e Divindades podem ter muito a revelar.
Na roda nórdica do sul, Walpurgisnacht é comemorado em 31/10. Já na roda do norte do calendário nórdico, é em 30/04. Também dentro da roda nórdica do norte, o dia seguinte ao Walpurgisnacht, em 01/05 (Dia de Maio), está associado ao Deus da fertilidade, Freyr (com o Mastro de Maio / Maypole representando o seu falo), e associado também à Deusa do amor, beleza, luxúria (entre outros aspectos), Freya.
Este é um dia de alegria e celebração do amor, e Lofn e Sjofn, ambas Deusas do amor, podem ser honradas.
A Deusa Vár pode ser honrada se as pessoas pretenderem fazer juramentos no Mastro de Maio. Os Alfar, ou Elfos, estão associados a este dia, assim como Mani, o Deus da Lua, que vê o que as pessoas fazem nos arbustos após o anoitecer. Jormundgand, a grande serpente do oceano que circunda Midgard, também tem relação com este momento.
Religiosidade
A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.
Vikings
Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (EC) e 1066 EC.
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