O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofes 13 e 14
Que as palavras de Odin, velho, sábio, possam trazer inspiração. Com caráter informativo (já que cada pessoa é livre para agir como desejar), trago essa sequência de estrofes do Hávamál que falam sobre bebedeira.
As estrofes 13 e 14 fazem parte de uma sequência maior, que inclui as estrofes 11 e 12. Juntando todas, fica:
“Melhor fardo
nenhum homem carrega no caminho
do que muito bom senso;
pior provisão
para ele levar pelo caminho
é a bebedeira de cerveja.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 11
“Não é assim tão boa,
como dizem ser boa,
a cerveja para os filhos dos homens;
pois menos o homem sabe
– quanto mais ele bebe –
de seus pensamentos.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12
“Um pássaro chamado Esquecimento:
ele paira sobre celebrações de cerveja,
ele rouba os pensamentos dos homens.
Pelas penas desse pássaro
eu fui preso
no lar de Gunnlod.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 13
“Eu fiquei bêbado,
fiquei muito bêbado
junto com o sábio Fjalar;
por isso que a melhor das bebedeiras
é aquela da qual posteriormente
todo homem recupera seus pensamentos.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 14
Lembrando que O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.
O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 da Era Comum (E.C.). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.
Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).
nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.