Hlin, a Deusa que oferece consolo para tragédias
Hlin é uma Deusa Aesir que oferece consolo para quem passa por luto e tragédias pessoais, assim como também protege aqueles que Frigga quer salvar, dando-lhes refúgio do mal.
Filha da Deusa / Jotun Ran, Hlin é uma das damas de Frigg, ao lado de Fulla e Gná.
Hlin pode ser chamada para proteger inocentes que estão em uma situação difícil e perigosa e precisam sair em segurança. Ela é especialmente protetora de fugitivos e mulheres em apuros.
Uma analogia sobre esse papel protetor é saber que enquanto a Syn (Deusa que protege os limites, fronteiras) guarda a porta, Hlin sai em meio ao perigo e leva as pessoas para a segurança. Neste aspecto, Hlin possui armas e carrega um escudo, e talvez uma espada ou bastão/cajado.
Algumas fontes de informação dizem que o seu nome, derivado do antigo Nórdico Hlín, significa “protetora” ou “defensora”, enquanto outras fontes de informação dizem que seu nome significa “ajuda” ou “refúgio”.
Hlin também dá consolo àqueles que perderam entes queridos ou tiveram outras tragédias pessoais que os superaram. Aqui ela aparece com um longo véu cinzento escuro sobre ela, que é seu outro símbolo.
Pode-se orar para Hlin a fim de passar pelas etapas do luto de maneira completa, sem ficar presa/preso nesse momento. Como outras Deusas ligadas ao luto/morte como Frigga, Freya e Sigyn, Hlin ajuda a pessoa que está em luto a encontrar nova esperança e vida, enquanto ainda respeita sua necessidade do processo de luto.
Hlin derrama conforto nesses corações para aliviar dores e perdas. Ela escuta todas as orações em nome de Frigg e a aconselha sobre como responder a esses pedidos, ajudando a trazer alívio e proteção àqueles a quem Frigg deseja ajudar.
Como dama de Frigg, Hlin ouve as orações dos mortais e aconselha sua rainha sobre como agir. Sua tarefa principal é dar consolo àqueles que sofrem, aliviando sua dor e reacendendo a esperança no coração dos humanos.
O papel de Hlin na mitologia nórdica mostra sua natureza compassiva e sua dedicação em proporcionar conforto e proteção.
Religiosidade
A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.
Vikings
Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (E.C.) e 1066 E.C.