Compromisso

Compromisso

dezembro 2, 2021 0 Por Pagan

Qual o compromisso com a verdade de quem quer impor uma nova visão de mundo sobre uma cultura antiga? Pouco compromisso, sendo o mais otimista possível. Muito do que chegou a essa época sobre o paganismo nórdico e celta veio de mãos cristãs.

Por causa disso, é importante ler com discernimento os registros feitos por cristãos sobre o paganismo celta e nórdico.

Mais importante ainda é a pessoa pagã comparar essas informações que merecem discernimento, com a maneira como ela se sente em suas práticas. Pois pode-se chegar à conclusão de que alguns registros feitos por cristãos estão errados.

Um exemplo: é fato que o historiador cristão Snorri Sturluson buscou impor uma sistematização no paganismo nórdico que não está presente nas fontes primárias que ele utilizou. Mais ainda: entre todas as fontes nórdicas, apenas a Edda em Prosa de Snorri descreve Hel (o submundo) como um lugar muito desagradável.

Mas muitas pagãs e muitos pagãos sentem uma proximidade natural e agradável com a Deusa / Jotun Hel, Senhora do Submundo também chamado Hel. Muito diferente da descrição usada por Snorri, entendem?

Outro exemplo: Já no paganismo celta, a Deusa Brigid, filha do Deus Dagda, sempre foi muito homenageada pelos pagãos e pagãs do passado pré-cristão. Após o surgimento do cristianismo, surgiu a figura da Santa Brigid. E nos primeiros contos da santa cristã, Brigid é retratada como filha de uma família druida antes de abraçar a nova religião.

Tudo isso demonstra que é preciso ler com discernimento as informações que chegaram até esta época e compará-las com as práticas pagãs, comparar esses registros com a maneira como se sente durante as práticas.

Pois mais importante do que palavras escritas é o contato com o divino e a transmissão correta do conhecimento.

Religiosidade

A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.

Vikings

Vikings, antes do início da chamada era cristã, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (EC) e 1066 EC.

Celtas

O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).

Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.