O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 95
Esta estrofe pode ser interpretada como um conselho de Odin para que a pessoa pagã busque estar atenta ao que sente no coração, pois não encontrar satisfação com nada é algo a ser evitado, sendo comparado a uma enfermidade que tira o prazer da vida mesmo em uma pessoa sábia.
Sentir o que está no coração é algo muito poderoso e importante, por isso merece atenção. Esse sentido pode ser encontrado na estrofe anterior (94), que diz:
“De forma alguma
um homem deve criticar o outro,
pelo que acontece com muitos homens;
do sábio um tolo
faz dos filhos dos homens:
este é o poder do coração.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 94
Em outra estrofe, Odin recomenda que um caminho para se ter prazer na vida é ser moderadamente sábio, mas nunca muito sábio.
“Moderadamente sábio
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 54
todo homem deve ser,
mas nunca muito sábio;
para aquelas pessoas
é mais prazeroso de se viver
quando se sabe o suficiente.”
Mas e pra você, o que significam essas estrofes? Que as palavras de Odin, velho, sábio, te tragam mais inspiração.
Lembrando que O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.
O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 da Era Comum (E.C.). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.
Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).
nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.
Fico muito feliz em ter encontrado este site hoje!
Para mim, essas palavras me remetem muito à estrofe 23.
Quando sabemos demais, pensamos demais e nossa mente nunca fica em paz por conta disso. Me faz lembrar sobre a fala de Alan Watts, onde ele diz: “Uma pessoa que pensa o tempo todo não tem nada em que pensar, exceto pensamentos. Assim, ele perde o contato com a realidade e vive em um mundo de ilusões.”
Concordo que ignorância muitas vezes é uma benção, afinal, há coisas que eu gostaria de não saber… Ser sábio é fundamental… Entretanto, moderadamente!