O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12

fevereiro 19, 2020 0 Por Pagan

Que as palavras de Odin, velho, sábio, possam trazer inspiração. Com caráter informativo (já que cada pessoa é livre para agir como desejar), trago essa sequência de estrofes no Hávamál que falam sobre bebedeira. A 12ª estrofe é a segunda dessas interessantes estrofes. Colocando elas em ordem, fica:

“Melhor fardo

nenhum homem carrega no caminho

do que muito bom senso;

pior provisão

para ele levar pelo caminho

é a bebedeira de cerveja.”

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 11

“Não é assim tão boa,

como dizem ser boa,

a cerveja para os filhos dos homens;

pois menos o homem sabe

– quanto mais ele bebe –

de seus pensamentos.”

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12

“Um pássaro chamado Esquecimento:

ele paira sobre celebrações de cerveja,

ele rouba os pensamentos dos homens.

Pelas penas desse pássaro

eu fui preso

no lar de Gunnlod.”

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 13

“Eu fiquei bêbado,

fiquei muito bêbado

junto com o sábio Fjalar;

por isso que a melhor das bebedeiras

é aquela da qual posteriormente

todo homem recupera seus pensamentos.”

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 14

O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.

O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 da Era Comum (E.C.). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.

Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).

nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.

Religiosidade

A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.

Vikings

Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (E.C.) e 1066 E.C.

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