O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 54
Quem melhor pra aconselhar que há um limite na busca por conhecimento do que Odin, famoso por suas múltiplas atribuições e sua sede por sabedoria?
Esta estrofe pode ser interpretada como um conselho do Deus Odin para que a pessoa pagã viva o momento, pra ela desfrutar do que está diante dela naquele momento.
Pois, em minha experiência pessoal, percebi que saber de algo antecipadamente pode tirar o prazer do agora, uma vez que se está à espera de determinada coisa acontecer.
Esse estado de espera pode facilmente virar espreita e ansiedade pra descobrir os detalhes desse evento.
Viver o agora também é uma maneira de estar sob inspiração das Divindades e seres mágicos. Nesse estado, não se pensa excessivamente, mas a pessoa sente o que deve ser feito e age.
Mas e pra você, o que significa essa estrofe? Que as palavras de Odin, velho, sábio, te tragam mais inspiração.
Lembrando que O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.
O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 da Era Comum (E.C.). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.
Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).
nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.