O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12
Que as palavras de Odin, velho, sábio, possam trazer inspiração. Com caráter informativo (já que cada pessoa é livre para agir como desejar), trago essa sequência de estrofes no Hávamál que falam sobre bebedeira. A 12ª estrofe é a segunda dessas interessantes estrofes. Colocando elas em ordem, fica:
“Melhor fardo
nenhum homem carrega no caminho
do que muito bom senso;
pior provisão
para ele levar pelo caminho
é a bebedeira de cerveja.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 11
“Não é assim tão boa,
como dizem ser boa,
a cerveja para os filhos dos homens;
pois menos o homem sabe
– quanto mais ele bebe –
de seus pensamentos.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 12
“Um pássaro chamado Esquecimento:
ele paira sobre celebrações de cerveja,
ele rouba os pensamentos dos homens.
Pelas penas desse pássaro
eu fui preso
no lar de Gunnlod.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 13
“Eu fiquei bêbado,
fiquei muito bêbado
junto com o sábio Fjalar;
por isso que a melhor das bebedeiras
é aquela da qual posteriormente
todo homem recupera seus pensamentos.”
O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 14
O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.
O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 da Era Comum (E.C.). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.
Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).
nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.
Religiosidade
A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.
Vikings
Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (E.C.) e 1066 E.C.
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