Lughnasadh
Que possa haver inspiração em Lugh (Deus multi-habilidoso, artesão múltiplo, um dos grandes heróis da mitologia irlandesa) e gratidão pelo legado de Tailtiu no cultivo à terra, para que possamos seguir no restante da roda do ano. Lughnasadh é importante, sobretudo, para nos fazer refletir sobre a importância daquilo que a sociedade moderna considera como “normal”: a colheita que nos alimenta e permite viver.
Lughnasadh é a primeira colheita do ano, sendo dedicada ao Deus Lugh (cujo nome significa “Luz”) e à sua mãe adotiva, a Deusa agrícola Tailtiu. A mitologia irlandesa conta que Tailtiu morre devido ao esforço que realizou para preparar a terra para o cultivo. Assim, em honra ao esforço e legado deixado por sua mãe adotiva e Deusa, Lugh criou o Lughnasadh.
Lughnasadh é momento para agradecer pelas bençãos e dificuldades em nosso caminho, pois mesmo os percalços podem nos fazer mais fortes. A tradição do festival sempre foi a realização de oferendas, jogos, juramentos e casamentos. Os casamentos tinham o período inicial de 1 ano e 1 dia (ou seja, iam de um Lughnasadh até o próximo) e podiam ser renovados ou quebrados sem consequências.
Lughnasadh também é um dentre os quatro Festivais Celtas do Fogo, assim como Samhain, Imbolc e Beltane.
O Lughnasadh é comemorado em 1º de fevereiro no hemisfério sul (roda do sul). No hemisfério norte, é comemorado em 1º de agosto (roda do norte).
Segundo o livro The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore, as feiras de Lughnasadh eram épocas em que os contratos eram estabelecidos, possivelmente refletindo a Lugh um papel antigo como patrocinador e garantidor de juramentos.
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
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