Coventina, Deusa ligada às fontes de água e cura
Coventina é uma antiga Deusa britânica ligada às fontes de água e, muito provavelmente, à cura.
Muitas Divindades estão conectadas com fontes de água, trazendo bençãos e amor para quem as escuta e venera.
Ao longo da história, Coventina foi retratada em esculturas encontradas em um poço sagrado no condado de Northumberland, estando reclinada e despejando água de uma urna, ou ainda representada cercada de plantas após ter esvaziado seu vaso para elas.
Sua ligação com a água também se faz presente com o Rio Carrawburgh (em Northumberland), pois a Deusa preside suas águas. Sua importância chegou ao continente, há evidências de que Coventina foi cultuada na Espanha e França.
Uma antiga representação ou retrato foi encontrado na Vila romana de Lullingstone (Inglaterra), a qual é apontada como Coventina.
(poema à Coventina)
“Coventina antiga, doce deusa
de fontes sagradas e poços sagrados,
suas águas emergem alegremente
do sonho das trevas.
Sua essência pura e brilhante
manifesta à luz do dia.
Senhora das águas vivas,
De bom grado recebo
seus maravilhosos presentes
de refresco e cura,
e suas amáveis bênçãos.
As quais agraciam corpo e alma.
Uma oferta é colocada com reverência
sobre o seu altar que flui.
E meu coração aberto
sente sua magia amorosa,
santidade e gentil inspiração.
Que suas águas sempre fluam,
abençoando a terra viva
com sua beleza abundante.”
Imagem de abertura: Deusa Coventina – Fonte: https://www.deviantart.com/saidge42/art/Coventina-558409961
Fontes: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
https://www.druidry.org/library/gods-goddesses/coventina (poema)
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Assim, nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
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Os Celtas veneravam os 4 elementos: ar, água, terra e fogo. Ostara era a deusa da lua, fertilidade e cura. Faziam oferentas votivas jogando objetos na água e acreditavam que a deusa espalharia favores, curaria doentes e concederia favores. Quando os romanos conquistaram os reinos celtas começaram a venerar a deusa, construindo poços santuários nas nascentes sagradas e adotando costumes nativos. Um desses santuários foi escavado na Muralha Adriana, no norte da Inglaterra, no Poço de Conventina, deusa ligada às águas e cura, onde constriram uma pequena parede ao redor da nascente e ergueram um pequeno edifício sobre ela. Os bretões ofereciam jóias para a deusa, os romanos jogavam moedas, uma prática que sobrevive até hoje na tradição dos poços dos desejos.
Referência: Livro “A Conspiração da Virgem Maria” – Graham Phillips, pag.192