Cerridwen, a Inspiração Divina Galesa
Cerridwen (Caridwen, Cerridwen, Cariadwen, Keridwen) é uma Deusa presente na mitologia do País de Gales. O mito mais conhecida da Deusa celta é o de quando ela preparou uma poderosa e secreta mistura de ervas para transformar em vidente o seu filho Afagddu, compensando sua aparência infeliz com muita inspiração e sabedoria.
Um grande trabalho, pois durante 1 ano e 1 dia as ervas precisavam ser mexidas continuamente no caldeirão. Então um menino chamado Gwion começou a ajudar a Deusa e foi alertado por ela de que jamais deveria provar a mistura.
Mas eis que 3 mágicas gotas respingaram do caldeirão direto para o polegar de Gwion, que levou seu dedo à boca para aliviar a queimadura. Isso foi suficiente para o menino possuir toda a sabedoria e inspiração pretendidas para o filho de Cerridwen, frustrando a intenção e todo o trabalho que a Deusa havia preparado.
A descoberta do roubo involuntário deixou Cerridwen furiosa. Gwion, agora um vidente, previu a reação e fugiu. E a Deusa começou a persegui-lo. Gwion se transformou em uma lebre e Cerridwen se transformou em um galgo (cão) para superar a presa. Depois Gwion virou um peixe e continuou a ser perseguido por Cerridwen em forma de lontra. Em seguida, o pássaro Gwion foi perseguido incessantemente pela águia Cerridwen.
Finalmente, ele virou um grão de trigo e foi comido por ela em forma de galinha. Os mitos celtas associam o ato de comer a uma forma de relação sexual que leva à gravidez. 9 meses depois, Cerridwen deu à luz um belo menino.
A Deusa estava com raiva de Gwion pelo trabalho perdido que iria ajudar seu filho Afagddu, mas ficou tocada pela beleza do novo filho que nasceu.
Então Cerridwen sabiamente decidiu deixá-lo à deriva no mar, sendo resgatado por um nobre. Ele cresceu e tornou-se o grande poeta Taliesin.
Algumas interpretações deste mito associam as várias transformações de Cerridwen e Gwion como um conto de iniciação e renascimento.
O caldeirão, um dos principais símbolos de Ceridwen, aparece em outros mitos celtas ao estar ligado à abundância. Exemplo disso é o Deus Dagda, que distribui riqueza e abundância através do mesmo instrumento. Dessa maneira, Ceridwen, apesar de sua aparência feroz, pode ter sido originalmente uma Deusa da terra cuja fertilidade proporcionou alimentos abundantes.
O lar de Ceridwen e local onde a Deusa preparou sua poção mágica é chamado na mitologia de “Llyn Tegid”, hoje conhecido como Lago Bala, no norte do País de Gales. Seu consorte é o Deus Tegid Voel.
Fonte: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
Imagem de abertura: https://www.deviantart.com/pernastudios/art/Ceridwen-P3-Promo-by-Eric-McConnell-741592000
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
www.instagram.com/caminhopagao
