Cernunnos, a força selvagem irresistível
Cernunnos (“Kernunnos”) é um dos principais e mais antigos Deuses celtas. A forma como apresenta-se demonstra sua ligação com a vida selvagem, as florestas e o poder. O contato com Cernunnos é um convite a entregar-se à essência dentro de si. Sem dogmas, sem julgamentos, simplesmente a natural vida selvagem florescendo e guiando os sentimentos e movimentos. É preciso muita coragem para quebrar os grilhões dos sentimentos aprisionados ao longo dos séculos e (re)descobrir a verdade em si. O paganismo é para fortes e torna as pessoas fortes <3
Cernunnos é representado usando ou carregando o torque (colar celta), um símbolo de alto status e sacralidade (a vida selvagem enquanto sagrada, na minha interpretação).
Seus chifres são os do animal selvagem cervo e isso sugere uma conexão com os poderes da madeira intocada, selvagem. São símbolo de poder. Também foi sugerido uma ligação de Cernunnos com o ciclo das estações, pois na primavera os chifres do cervo brotam e no outono, caem.
Chamado de Mestre dos Animais, Cernunnos é acompanhado por animais selvagens, essa imagem atravessou séculos e ficou registrada no Caldeirão Gundestrup (caldeirão de prata encontrado em 1891 na Dinamarca e que contém representações de Divindades. Dentre elas, Cernunnos).
Apesar do Gundestrup ter sido encontrado na Dinamarca, é inegável que uma das representações é Cernunnos, o que demonstra que ou o Gundestrup foi produzido diretamente pelos celtas ou foi feito sob inspiração celta (e isso demonstraria a extensão da influência celta).
Cernunnos também representa a força da abundância e prosperidade, pois é frequentemente retratado acompanhado de símbolos de abundância, como a cornucópia.
Seu nome foi traduzido como “O Chifrudo / Cornudo”. Presença constante, Cernunnos é venerado desde, pelo menos, o século quatro AEC (Antes da Era Comum) entre os celtas continentais e insulares.
Fonte: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
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Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 AEC [Antes da Era Comum]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
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