Blodeuwedd
Blodeuwedd, na mitologia celta do País de Gales, é a Deusa que nasceu a partir de magia combinada com 9 tipos de belas flores silvestres, quando Gwydion (filho da Deusa-mãe Dôn e irmão da Deusa Arianrhod) e o mago Math (tio de Gwydion) decidiram dar uma esposa ao garoto Lleu.
Mas antes de Blodeuwedd nascer e ter Lleu como marido, Lleu era o filho que Arianrhod se recusava a reconhecer, pois a Deusa se considerava virgem e tal nascimento a surpreendeu de maneira negativa. Arianrhod lançou 3 encantamentos no garoto ao longo da vida dele. Ele não teria nome e armas (a menos que ela própria o fizesse), mas Gwydion quebrou esses 2 encantamentos. Já o 3º encantamento fazia com que o garoto não viesse a ter esposa da raça que habitava a terra naquele momento.
Foi aí que Gwydion e Math reuniram 9 tipos de flores silvestres (incluindo rainha-dos-prados, carvalho e prímula), usaram magia e deram vida à Blodeuwedd para ser esposa de Lleu. A união, porém, não durou muito. Mais à frente, a esposa criada especificamente para o homem acabou traindo-o em nome de um outro amor surgido de maneira mais natural. Blodeuwedd foi transformada em coruja.
A Deusa Blodeuwedd está associada com o lírio branco, pois seu próprio nome significa “Rosto de Flor”, e também possui ligação com aspectos como a liberdade, as iniciações, descoberta de traições e, principalmente, o amor e sedução em todas as formas.
“Nove poderes de nove flores,
Nove poderes em mim combinados,
Nove botões de plantas e árvores;
Longos e brancos são os meus dedos,
Como a nona onda do mar.”
“Não tenho pai
Não tenho mãe
Todo meu sangue
Todo meu corpo
Foi obra da magia de Gwydion
Que me deu forma de nove flores
Para o encanto e deleite de todos os homens.”
Fonte: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.