Arawn
Arawn é o Deus do Annwn, o submundo na mitologia do País de Gales que é visto como um lugar cheio de doçura, de charme e sem dor, onde os residentes não envelhecem e nem sofrem. Arawn por vezes é associado com a vingança, terror e guerra.
Conta-se que o Deus Arawn possui um caldeirão mágico, porcos mágicos e que dividia com Hafgan o reinado de Annwn. Os dois estavam constantemente em guerra.
Então, certo dia, Arawn encontrou o mortal Pwyll (princípe da região de Dyfed) em uma situação delicada. Durante uma caçada, Pwyll havia adentrado sem querer no submundo e acabou afugentando uma matilha de cães brancos com orelhas vermelhas (típica representação de animais divinos nas lendas celtas) que estavam perseguindo um gamo.
Como compensação pela caça perdida, o Deus e o mortal fizeram um acordo: trocariam de identidade durante 1 ano e 1 dia. Assim, Pwyll com aparência de Arawn deveria enfrentar Hafgan e golpeá-lo apenas uma vez (do contrário Hafgan não seria derrotado).
E assim ele o fez: a união entre as forças humana e espiritual garantiu o domínio do submundo.
O tempo passou e Arawn e Pwyll voltaram às suas identidades originais. Cada um deles ficou satisfeito com o desempenho do outro durante a troca. O deus Arawn nomeou o mortal Pwyll como Regente do Outro Mundo pelo trabalho realizado no submundo, incluindo o mérito de Pwyll por se recusar a dormir com a esposa de Arawn.
A parceria também rende frutos mais tarde, quando Arawn envia porcos mágicos para Pryderi, filho de Pwyll com a Deusa Rhiannon.
Fonte: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
Imagem de abertura: Deus Arawn. Crédito – https://www.deviantart.com/jasonengle/art/Arawn-734077504
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
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