Deus Ullr, glória, esplendor e honra
Ullr é um Deus do panteão germânico / nórdico relacionado à glória, esplendor e honra, além dos juramentos. Ullr é o filho da Deusa nórdica da fertilidade, família e trigo, Sif, e é enteado de Thor. Pouca “informação oficial” chegou a estes tempos sobre o Deus Ullr, porém os resquícios indicam que ele teve grande importância para os antigos escandinavos.
No poema Grímnismál, Odin está preso entre dois fogos e promete as bênçãos de “Ullr e todos os Deuses” para quem salvá-lo. Outro destaque conferido à Ullr é trazido pelo historiador dinamarquês medieval Saxo Grammaticus, que diz que Ullr (cujo nome é aqui latinizado como “Ollerus”) assumiu a liderança dos Deuses durante um período em que Odin estava no exílio. Em outro poema nórdico antigo (Atlakviða), é descrita uma cena na qual o último e mais solene juramento é jurado no anel de Ullr.
Em imagens antigas, Ullr é representado com esquis. Essa representação é decorrente de Kennings [Kenning é uma figura de estilo na qual uma palavra é substituída por uma expressão mais longa e com o mesmo significado], nas quais o Deus Ullr é descrito como um excelente arqueiro, caçador, patinador e esquiador, bonito, guerreiro e uma divindade especialmente apta a invocar antes de duelos.
“O navio de Ullr” é um kenning de “escudo”, que indica que havia um conto de sua viagem através do oceano em um escudo. Este conto, infelizmente, foi perdido.
A prevalência de nomes de lugares derivados de “Ullr” em toda a Suécia e no leste da Noruega atesta que Ullr já foi uma figura excepcionalmente proeminente entre os Deuses escandinavos. Muitos desses nomes são combinados com elementos como hof (significa “templo”), que indica a adoração ativa de Ullr durante o início da Era Viking e possivelmente mais tarde também.
O significado e a etimologia do nome de Ullr são incertos, mas alguns sugeriram que ele poderia ser derivado de uma raiz germânica que também pode ser encontrada em gótico wulþus, “glória”, e inglês antigo wuldor (“glória, esplendor, honra”). Seu nome pronuncia-se “ULL-er”, muitas vezes anglicizado como “Ull”, e também ocasionalmente referido como “Ullinn”. No poema Grímnismál, é relatado que o Deus reside em Ýdalir.
Muito foi perdido, porém pode ser resgatado. Boa semana!
Imagem: Ullr by Righon.deviantart.com on @deviantART
Religiosidade
A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.
Vikings
Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (EC) e 1066 EC.
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