Epona, Deusa gaulesa da maternidade, fertilidade, abundância e cavalos
Epona é uma Deusa gaulesa da maternidade, fertilidade, abundância e cavalos, também conhecida como protetora dos cavalos. Possui muitos atributos. Historicamente, foi venerada em muitos lugares e, atualmente, passa a ser cada vez mais conhecida. Fontes indicam que a Deusa é ligada à proteção dos donos de cavalos, sendo invocada para garantir proteção em tempos de guerra e soberania da terra.
A Deusa é associada à proteção, ao prestígio e poder desde antes da ocupação romana na Gália (atuais França, Luxemburgo, Bélgica, a maior parte da Suíça, algumas partes do norte da Itália e partes da Holanda e Alemanha).
Epona também era adorada na Grã-Bretanha, mas essa expansão de seu domínio pode ter ocorrido após a ocupação romana, pois ela era uma Deusa popular das legiões, que a levaram através do Mar do Norte. Os soldados também trouxeram Epona de volta a Roma, pois ela é a única Deusa celta que recebeu um dia de festa (18 de dezembro) lá.
O seu nome traduz a visão celta para ela. De origem da palavra gaulesa “Epos”, seu nome significa “Cavalo”. Para os Celtas, os cavalos eram vistos como belos, cheios de bravura e beleza, sendo muito importantes para seu meio de vida.
Os Celtas cultuaram Epona durante centenas de anos, ela foi a única divindade Celta incorporada pelos romanos em sua forma original. A maior concentração de inscrições dedicadas para Epona é encontrada na Gália romana, especialmente na Borgonha e nas regiões dos vales de Metz-Trier e Meuse, na Alemanha, onde foi encontrado um grande número de imagens e altares.
Historicamente, além dos soldados, Epona foi cultuada entre a população em geral, pois pequenos altares pessoais de Epona também foram encontrados, presumivelmente feitos para o lar. Muitos deles mostram Epona como uma força materna, alimentando cavalos de sua mão ou acompanhados por uma égua amamentando seus potros.
Outras representações de Epona são a Deusa carregando um prato (chamado Patera) e também símbolos de abundância, como feixes de trigo e espigas de grão, uma serpente ou uma cornucópia. Essa relação com prestígio e poder pode explicar um pouco porque Epona foi tão adotada integralmente pelos exércitos invasores.
Epona raramente é mostrada encarnada em um cavalo, mas apenas cavalgando ou acompanhada por eles. E, embora esse cavalo emblemático fosse forte e vigoroso, fontes indicam que Epona está ligada, como outras Deusas Mães, com imagens da morte e do outro mundo.
Nessa associação, ela é retratada de diferentes maneiras: junto ao corvo; ao cão (animal com ligação com o outro mundo, tendo como exemplo o encontro entre o Deus Arawn e o mortal Pwyll); e ainda carregando chaves, sugerindo seu poder de abrir a entrada para o Outro Mundo.
Dessa maneira, Epona pode ser vista como companheira ou guardiã das viagens para o próximo mundo.
Ela também é mostrada cercada por cavalos não montados.
Sua importância é notável, pois muitas representações de cavalos com uma Deusa trazem à mente a imagem de Epona em seu papel de Deusa da Fertilidade da terra e dos animais que pastam sobre a terra.
Uma forma bastante utilizada nas representações de Epona é a Deusa montada principalmente em cavalos brancos (geralmente em uma égua) como símbolo de sua ligação com o espiritual.
Em alguns momentos, Epona é referida no plural, como as Eponas, enfatizando seus poderes reprodutivos. No entanto, Epona não era ela mesma uma força animal, como Cernunnos.
Acredita-se que sua adoração era especialmente forte entre as elites guerreiras montadas a cavalo. E como houve reis que vieram dessa classe, Epona pode ter tido uma associação real e, inclusive, em rituais de coroação.
Em algumas representações, a Deusa aparece montada e nua.
Epona é ainda identificada com Macha (Irlanda) e Rhiannon (País de Gales).
Fonte: The Encyclopedia of Celtic Mythology and Folklore
Imagem de abertura: https://birdsofrhiannon.tumblr.com/post/182783040628/astraleternum-epona-celtic-goddess-of-horses/embed
Celtas
O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 AEC [Antes da Era Comum]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).
Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.
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Oi boa noite, como vc vai, seu blog é lindo…. A minha dúvida sempre foi saber se Epona é uma deusa somente telúrica ou se ela possui um símbolo astrológico, pelo que leio ela é muito ligada ao Sol ou ao planeta Vênus. Será que ela era cultuada como uma deusa do Sol?