O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 77

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 77

dezembro 29, 2021 0 Por Pagan

Esta estrofe pode ser interpretada como um conselho de Odin para que se busque boa reputação. Mas essa reputação deve ser interpretada como uma fama que é consequência natural dos atos (e não como uma dependência da aprovação das pessoas). Esse sentido fica mais claro quando lemos a estrofe anterior, 76. Juntas, elas se complementam.

“O gado morre,
parentes morrem,
do mesmo modo eu mesmo morrerei;
mas o renome
nunca morre
daquele que obtém boa fama.”

O Hávamál (As Palavras do Altíssimo) – Estrofe 76

Mas e pra você, qual sua interpretação sobre essas estrofes?

Lembrando que O Hávamál (Palavras do Altíssimo) é o segundo poema da Edda Poética, seus versos são atribuídos a Odin.

O Hávamál origina-se na antiga tradição oral que foi transcrita no início do século 10 EC (Era Comum). O Hávamál traz conselhos sábios, narra a magia das runas e o sacrifício de Odin na árvore Yggdrasill.

Toda semana há um dia dedicado a Odin: Wednesday vem de “Woden’s Day” (Woden é o nome de Odin em Saxão Antigo).

nota pessoal: os textos antigos podem ser vistos mais como guias do que como um “livro de regras”. Pode-se refletir sobre o sentido das palavras e ouvir o que deve ser dito.

Religiosidade

A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.

Vikings

Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 EC e 1066 EC.