Mag Mell

Mag Mell, a “planície de mel” e “planície de delícias”, é mais um nome dado ao Outro Mundo na visão celta. Um lugar doce e alegre, onde as árvores geram frutos e flores de uma só vez. Mag Mell é descrita como uma ilha, domínio do deus dos mares, Manannán Mac Lir.

O herói Cú Chulainn já visitou Mag Mell. Conta o mito que Cú Chulainn estava caçando pássaros junto com outros homens. Quando todos conseguem dar penas para que suas esposas usem no ombro delas, o herói decide matar os maiores e mais belos pássaros para dar as penas para sua esposa, Emer.

Cú Chulainn avista duas belas e exóticas aves no céu. Sua esposa reconhece a origem do Outro Mundo delas, pois as aves marinhas estavam ligadas por uma corrente de ouro e cantavam uma canção capaz de adormecer. Emer alerta Cú Chulainn para que não as mate, mas ele acaba ferindo uma das aves.

Do momento em que ele faz isso, cai no chão já febril e adoecido. Vê duas mulheres se aproximando, Fand e Lí Ban, que estavam em forma de aves quando ele as agrediu. Fand e Lí Ban espancam com chicotes o herói até quase matá-lo.

E por quase um ano Cú Chulainn permanece na cama. Até que Lí Ban retorna de Mag Mell e pede ajuda do herói para derrotar seus inimigos. Como retribuição, o herói será curado de sua doença. Após recusar inicialmente, ele concorda, vai até Mag Mell e derrota os inimigos de Lí Ban.

Fand e Cú Chulainn quase têm um romance, até que Emer descobre. Por fim, Cú Chulainn e Emer permanecem juntos, e Fand pede ao deus Manannán Mac Lir para sacudir seu manto de névoa entre ela e Cú Chulainn, garantindo que eles nunca mais se encontrarão. Os druidas dão a Cúchulainn e Emer uma poção de esquecimento, e eles esquecem todo o ocorrido.

Celtas

O termo “Celtas” não era usado por esse povo (surgido, aproximadamente, por volta do ano 1.200 Antes da Era Comum [AEC]) para designar a si mesmo. Pelo contrário, autores gregos e romanos usaram esse termo para designar os habitantes que possuíram domínio da Europa Continental durante a Idade do Ferro (de 1.200 a 1.000 AEC).

Os Celtas e os Druidas compartilhavam de respeito e veneração para com a natureza. Em geral, existe a ideia comum de que os Celtas possuíam uma inclinação mística congênita. Nos tempos atuais, quem se sente atraído pela cultura celta logo percebe que vê as coisas de maneiras que outras pessoas não podem.