Experiências com Hel, a Senhora do Submundo
A verdade é o melhor caminho. Busque contato com a(s) Divindade(s) que te acompanha(m), pode haver muito a ser revelado.
Como explicamos aqui, é fato que o historiador cristão Snorri Sturluson buscou impor uma sistematização no paganismo nórdico que não está presente nas fontes primárias que ele utilizou. Mais ainda: entre todas as fontes nórdicas, apenas a Edda em Prosa de Snorri descreve Hel (o submundo) como um lugar muito desagradável.
Mas muitas pagãs e muitos pagãos sentem uma proximidade natural e agradável com a Deusa / Jotun Hel, Senhora do Submundo também chamado Hel. Muito diferente da descrição usada por Snorri, entendem?
Tudo isso demonstra que é preciso ler com discernimento as informações que chegaram até esta época e compará-las com as práticas pagãs, comparar esses registros com a maneira como se sente durante as práticas.
Pois mais importante do que palavras escritas é o contato com o divino e a transmissão correta do conhecimento.
Hel é uma Deusa / Jotun, Senhora do Submundo, que tem muito mais a revelar além da errônea e infeliz imagem que atualmente permeia a ideia de submundo. Hel (também chamada de Hela) é justa. Por ascendência, Hel é uma jotun, mas por sua importância é considerada também uma Deusa, pois como ela é a Senhora do Submundo que também é chamado de Hel, ela possui domínio sobre o mundo dos mortos (e também interage com este mundo humano).
Hel já nasceu com a aparência “entre mundos” e integra uma poderosa descendência. Hel é filha de Loki e da giganta Angrboda, sendo irmã do lobo Fenrir e da serpente Jormungand. Por meio de Loki, Hel é irmã de Sleipnir (o magnífico cavalo de 8 patas dado por Loki a Odin, o melhor de todos os cavalos) e também de Narfi (ou Nari) e Vali (não o Vali que é Deus e filho de Odin).
Incompreendida, Hela pode ser admirada e respeitada: alguns relatos contam que Hela pode aparecer em sonhos ou visões estendendo a mão de aparência esquelética para ser beijada, como forma de testar quem é digno de ajuda, pois aceitar a deformidade alheia (que inclusive atingirá a todos) é sinal de amizade e respeito. Em outro relato, Hel se anuncia como Senhora do Submundo.
Religiosidade
A religiosidade dos nórdicos é marcada pela pluralidade, mesmo dentro de um único panteão os ritos podiam variar bastante dentro das tribos (característica que permanece atualmente, obviamente trocando-se as tribos do passado pelos kindreds atuais). Pais e mães comandavam os ritos dentro da família. Já as cerimônias públicas eram tarefa do jarl (“conde”, em tradução literal). Importante chamar atenção para a relação direta entre esses povos e as divindades. Mesmo a figura dos sacerdotes, dentro do paganismo nórdico, não possui o mesmo papel das religiões abraâmicas. Isso significa que as divindades podem comunicar-se diretamente com as pagãs e pagãos, o que pode ser buscado.
Vikings
Vikings, antes do início da chamada “era cristã”, têm origem nos pagãos germânicos que viveram na região onde hoje é a Alemanha, Inglaterra anglo-saxã, Noruega, Dinamarca, Suécia, Frísia (condado ao norte da Holanda), e Islândia (posteriormente). A figura dos Vikings refere-se aos navegantes invasores que também eram conquistadores, exploradores, comerciantes e colonos, tendo vivido no território onde hoje é a Noruega, Dinamarca, Suécia e Islândia. A chamada Era Viking compreende o período de tempo entre, aproximadamente, 793 da Era Comum (E.C.) e 1066 E.C.